quinta-feira, 9 de outubro de 2008
O Dom de um Sonho
17 anos de idade, fim do ensino médio, ano de vestibular, opções de carreira, mas Ana já tem traçado seu objetivo, para ela sua vida é dançar, faz ballet desde os quatro anos de idade, alguns dizem que Ana já nasceu dançando. Não é pobre nem rica, mas tem uma boa situação financeira. Seu pai é advogado e sua mãe Dona-de -casa, filha única sempre teve tudo o que quis. Só que agora Ana está numa enrrascada.
Recebeu um convite para uma Companhia de dança internacional, ficou extremamente feliz, pois seu sonho seu sonho estava se realizando, fazer parte de uma companhia desta era o sonho de qualquer bailarina; não via a hora de dar a notícia aos seus pais. Mas nem imaginava que seu sonho estava preste a terminar, seu pai a esperava com a ficha de inscrição para a Faculdade de Direito, já era uma tradição familiar, seu pai era advogadoo, seu avô tbm , e agora ela teria que ser uma brilhante advogada para dar continuação aos negócios da família "Johnson's Family" era o nome da empresa, Edwuard seu pai nunca levou a sério o ballet de Ana. Já Jane mãe de Ana sempre soube do sonho da filha e o do pai. Sempre temeu que esse momento chegasse, sempre de um jeito ou de outro tentava controlar o desejo de um com a vontade de outro, mas já sabia que a hora estava se aproximando, e agora se encontrava diante da situação.
Hora do jantar, o momento que a família se reúne para conversar sobre o dia, Ana mal esperava o momento de contar aos seu pais, e a ansiedade de seu pai era a mesma, mas com outra proposta; Ana respirou fundo e falou quebrando o silêncio:
-Pai, mãe, hoje na aula de ballet foi um famoso diretor de uma companhia de dança, para selecionar uma nova bailarina para sua companhia...
Seu pai a cortou
-Ah muito legal minha filha, tomara que escolham uma ótima garota. Mas bem tenho uma coisa mais importante para você, sua carta da faculdade de Direito chegou e você foi aceita. Parabéns minha filha você não sabe o orgulho que me da ao se formar e poder trabalhar nos negócios da família...
Ana com um sopetão disse:
-A bailarina escolhida foi eu!
-A claro a história do ballet, mas como eu estava falando você será uma grande advogada
-Pai eu não vou fazer faculdade de direito, eu vou aceitar a proposta
-Como!?
-Eu não vou, meu sonho sempre foi fazer ballet, esse é o meu dom, a minha vocação e eu vou segui-la
-De maneira alguma, você vai ser advogada, você mora sob o meu teto é minha filha, ninguém melhor que eu sabe o que será bom para você
-Mas pai...
-Não tem mais nem menos você vai para essa faculdade e ponto final.
Os olhos de Ana se encheram de lágrimas seu sonho estava sendo destruído, iria perder a chance de sua vida, devida a uma tradição besta de família, como seu pai a pessoa que mais amava a "apunhala-ra" isso não poderia ficar assim.
Ela teria uma audição na sexta e ela iria de um jeito ou de outro mais iria, e precisava arranjar um meio de fazer com que seu pai fosse assistir, pois, apesar de anos de ballet ele nunca havia assistido a uma apresentação se quer. Ana chegou a seu pai e disse:
-Pai o senhor é feliz com sua profissão? Foi o senhor que escolheu a carreira? Ou você foi obrigado a segui-la?
-Eu... eu..., não importa meu pai soube escolher o melhor para minha vida, e eu como seu pai sei o que é melhor para você. Ah alías eu marquei para sexta-feira uma visita a faculdade e você vai
-Mas sexta eu tenho...
-Sexta você tem que ir a faculdade e assunto encerrado.
E agora como convenceria seu pai? O que iria fazer sexta? Era no mesmo dia da audição, mas tinha que ir para a maldita faculdade, passou o resto da semana tentando arrumar uma maneira de mudar a cabeça de seu pai.
Estava ela no soton da casa procurando um figurino antigo, quando encontrou uma caixa cheia de recortes de jornais, ao ler ficou perplexa, as matérias eram sobre uma grande aposta de um jovem jogador de futebo, e ele era seu pai, ela descobriu que na verdade seu pai queria ser jogador de futebol mais seu avô obrigou-o a fazer direito, e essa cena estava se repetindo, ela levou a caixa para seu quarto. Na noite de quinta para sexta ficou acordada não conseguia dormir, tentando ter uma idéia.
Na sexta ás nove da manhã seu pai foi até seu quarto para chamá-la, mas encontrou o quarto vazio com apenas uma caixa em cima da cama e uma carta, a caixa era seus recortes de jornais que ele escondera durante todos os anos, e a carta que dizia:
Papai, eu sei que o senhor quer o melhor para mim, como seu pai quis para você, mas ele acabou destruindo seu sonho e agora o senhoor quer acabar com o meu!? Eu não serei uma boa advogada mas sim uma ótima bailarina. Será que um dia o senhor já parou para pensar se você tivesse seguido seu sonho? Eu estou seguindo o meu, por mais que eu perca o afeto da pessoa que mais amo no mundo, essa é a minha vocação, não sei fazer outra coisa além de dançar. Pode ser que não nos vejamos mais, mas saiba que mesmo assim continuarei te amando de onde estiver. E se um dia o senhor resolver me perdoar e quiser me encontrar basta seguir seu coração e me encontrará.
Com amor.
Ana
Ao ler a carta Edward não se conteve em lágrimas e saiu correndo.
Ana estava na cochia do palco, faltava alguns instantes para se apresentar, seu coração quase saia pela boca, sabia que estava contrariando seu pai, resolveu voltar para casa e seguir a carreira que seu pai escolhera, nessa hora seu nome foi chamado, ela entrou no palco respirou fundo e começou a falar:
-Muito obrigada pela chance, mas eu resolvi que eu não...
Nessa hora ouviu uma voz familiar gritar:
-Ela fica muito grata e aceita com maior prazer
Ela olhou perplexa não podia acreditar em seus olhos, quem estava falando era seu pai, descendo correndo as escadas do auditório, até chegar ao palco e dizer:
-Ana minha filha, me desculpe eu fui um tolo, só porque meu pai me obrigou a fazer o que não queria eu não posso fazer o mesmo com você
-Pai como você me ahou?
-Eu apenas segui meu coração!
E nesse dia Ana dançou como nunca havia dançado antes, dançou com o coração e foi aplaudida de pé pelo júri.
Hoje ela é a primeira bailarina da companhia e o seu maior fã é seu pai, que não perde a um só espetaculo.
Aline Polli
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2 comentários:
que bom se fosse sempre assim, mas a vida as veses é mais cruél e nos impede muitas veses de seguir nossos sonhos
Eh o berra tah certinho,mas tem q correr atras doq quer msm!;)
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