quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Nostalgia


Como a vida é engraçada, as vezes as coisas acontecem de tal maneira que parece que nunca vai acabar, sofro tanto por algo e quando deixo de deseja-lo aparece em minha vida de maneira tão inesperada. Os momentos felizes parecem passar tão rapido, já os de dores custam a se apagar.
Sinto falta do ontem, sinto falta do que vivi a segundos atrás, sinto falta da inocência daquela infância, conto os dias a espera desse dia chegar e quando chega não o percebo.
Faço mil promessas para o amanhã, mas esqueço que hoje é o amanhã. Quando começarei a enxergar o mundo com os meus próprios olhos e não com os "filtros" de meus pais!? Será que saberei dar meus passos sozinha sem te-los a me guiar?! Um dia conseguirei ter filhos que eu posso cuidar!?
Ah como queria voltar no tempo e aproveitar aqueles momentos bons, como queria retirar palavras ditas, acabar com o silêncio constrangedor daquele momento. As vezes penso se tivessimos poderes para enxergar o que aconteceria com o próximo passo dado,entretanto já logo imagino como entediante seria fazer algo sabendo de seu resultado, aquele famoso e delicioso friozinho na barriga não existiria, e ai qual graça o mundo teria!?
Me sinto tão nostalgica esses ultimos tempos, parece que acabei de nascer, e que ainda carrego comigo lembranças de outra vida que vivi, nada mais parece claro em minha mente, tudo parece não passar de uma ilusão.
Será que realmente estamos vivos!? Ou isso é apenas um sonho que cada um de nós temos!? Quando eu era pequena eu tinha uma grande duvida sobre a humanidade, uma não na verdade duas, uma delas que eu não dava muita importancia mas que volta e meia vinha me assombrar, era se todos enxergavam da mesma forma, se o céu que eu enxergava era o mesmo que minha mãe enxergava, se a cor azul tinha a mesma tonalidade para todas as pessoas, isso me deixava muito confusa, alías quem deu esses nomes as todas as coisas!? quem disse que azul é azul!? Outra dúvida que me tirava noites de sono, e essa costumava não sair de minha cabeça, era o que aconteceria com nossas vidas depois de morrer!? Depois do fim do mundo como seria!? Eu nunca mais iria ver meus pais ou se os visse no céu não os reconheceria!? Uma vez com 4 ou 5 anos fiz essa pergunta ao meu pai, na hora ele ficou meio sem jeito, não sabia como explicar, desde pequena eu sempre apresentei medos e idéias diferentes de todas as outras crianças, meus pais diziam que eu era muito ENCUCADA então começaram a me chamar de CUCA, um apelido carinhoso, que servia de adjetivo, mas voltando ao que meu pai respondeu, ele disse que quando o mundo acabasse começariamos a viver tudo novamente, a vida iria se repetir, ae eu perguntei se seria tudo igual se na proxima vida eu continuaria sendo a Aline filha dele, e ele disse que sim, que eu sempre seria a filha dele, essa resposta foi o que eu precisava ouvir, pois meu amor por meu pai é tão grande que chega a ponto de eu quere-lo repetir em todas as minhas vidas.
.não sei se acontece só comigo que sou encucada ou se todas as pessoas tem essas mesmas dúvidas, alías como diz a frase "ENTRE O CÉU E A TERRA A MUITA COISA DO QUE SE POSSA IMAGINAR", será que ela realmente faz sentido!?

http://www.twitter.com/lynnpolli

3 comentários:

Rô Rezende disse...

Tenho essa nostalgia também. Na verdade tenho um saudosismo estranho, do que vivi e também do que nunca nem vi.
Acho que tanto as alegrias quanto as dores ficam o tempo que precisamos delas. O tempo que queremos cultivá-las. Talvez seu coração prefira as dores para aprender a lidar com elas... vai saber.
Essa coisa de que cor vemos é uma coisa que sempre imaginei também. Outra é se o rosto que vemos no espelho é o mesmo que vem em nós... rsrs. Filosofia de botequim. Magina essa conversa regada a cerveja e petiscos! hauhauha

bjs

Rosy disse...

aee,belo texto!

Stanley Alexander disse...

Não concordo em querer retirar palavras ditas.
Se dissemos foi por que pensamos.
É o mesmo que escrever uma carta e só entregá-la anos depois.
A diferença é que com a carta teríamos esperado a poeira baixar e o efeito já não seria mais o mesmo.